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Bem-vindos ao Blog Oficial do The Trailer Show, o programa semanal de cinema da tvAAC. Não te esqueças de visitar a página da tvAAC em tv.aac.uc.pt para poderes ver este e outros programas.

Kilian Martin: A Skate Escalation


Brett Novak já dirigiu vídeoclipes de gente famosa, como Beyoncé e Duffy, mas aqui filma o skater Kilian Martin. Novak trabalha com o corpo que dança na frente da câmara e o sentido que alcança é todo baseado na virtude de Martin e, obviamente, no seu trabalho de direcção.
A curta é toda articulada, preocupada com uma certa mise-en-scene e com uma fotografia que, por vezes, dá um certo tom etéreo. Novak ajusta planos, faz cortes, tendo trabalhado com repetições para alcançar o resultado esperado para o filme final. O equilíbrio é ponto-chave: na edição faz uma brincadeira com o slowmotion que nos dá sempre a sensação exacta de que Kilian pode cair a qualquer momento. Mas não cai, assim como o filme de Novak.

Signs


Patrick Hughes dá-nos uma abordagem diferente de como devemos encarar a vida. Por vezes, as coisas não correm lá muito bem e nem tudo que brilha é ouro. Neste vídeo mostra um rapaz que tenta refazer a sua vida, mas vive num tédio absoluto até que algo muda a sua vida.
Estando bem conseguida é uma das curtas vencedoras do Festival "Cannes Lions" de 2009.

Brothers



Tommy, Grace, Sam. Brothers apresenta-nos três personagens de uma tradicional família americana de fortes contrastes. Sam (Jake Gyllenhall) é um militar louvado que está prestes a partir para o Afeganistão. Grace (Natalie Portman) é a esposa de Sam, com as suas duas filhas, Isabelle e Grace, vê partir o seu marido para uma missão militar, ao passo que nos é apresentado Tommy (Tobey Maguire, nomeado para um globo de ouro). Tommy é o irmão de Sam acabado de sair em liberdade condicional, solteirão e irresponsável. É uma família de contrastes, moldada pela guerra do Vietname, onde o pai de ambos lutou pelos interesses americanos, com as repercussões clássicas dos traumas de guerra descarregados em ambiente familiar desenvolvendo-se as diferenças que existem entre Sam e Tommy. Este é o mote de Brothers, os lados e os contrastes de cada família e a capacidade de nos desconstruirmos e renascermos.

Introduzindo um pouco narrativa deste filme, Sam parte para o Afeganistão em missão militar pouco após o regresso de Tommy à sociedade. Tommy é visto como um boémio que nada lhe interessa, até que sucede uma tragédia que afecta toda a família, a queda do helicóptero de Sam, onde todos os “marines” são dados como mortos. Toda a família sofre com a perca de Sam, mas esta é a deixa de Tommy para ressuscitar e se mostrar como elemento central e reunificador de uma família destroçada por tamanha efeméride. Tommy ajuda a sua cunhada, a superar as dificuldades em casa, remodelando a cozinha e simultaneamente aproximando-se de Grace, até ao momento que se beijam. Tommy passa a ser o elemento que introduz alegria e vida à narrativa nesta altura, ao contrário do que sucedia no inicio desta longa-metragem ainda que não seja a expressividade deste que muda, mas sim todas as reacções das personagens perante ele. Sam por outro lado, é novamente introduzido como um prisioneiro de guerra juntamente com o seu conterrâneo Joe Willis (Patrick Flueger) onde sofrem as represálias de um grupo talibã até que Sam é forçado a trair o seu país e a si mesmo. As cenas no Afeganistão contem uma forte carga dramática muito presente na fotografia do filme, tornando-o denso, tal e qual o espírito da personagem. Esta traição leva Sam a constantemente procurar a traição em todos os elementos da sua família, que em ciúmes do seu irmão, não suporta toda a dinâmica que ele conseguiu criar numa família onde ele já não se encontra inserido psicologicamente.


Natalie Portman e Jake Gyllenhall em Brothers (2009)

Do ponto de vista técnico, Jim Sheridan apresenta-nos um remake de Brødre (Susane Bier, 2004), um filme dinamarquês, um filme sobre os traumas psicológicos e as consequências que os conflitos militares têm sobre os soldados e suas famílias. Não conseguindo superar a criatividade do filme original, também não se apresenta como um mau remake, sendo notória a sensibilidade visual ao longo do filme. A fotografia de Frederick Elmes é congruente com os estados de espírito das personagens, sendo trabalhada ao detalhe. Exemplos disso são as cenas em que a relação de Tommy e Grace é frutuosa, estabelecendo-se uma imagem vibrante e suave e também as cenas no Afeganistão, em que o detalhe de uma imagem áspera, pouco saturada nos relega para a frieza do conflito armado e dos instintos básicos do ser humano enquanto animal. A excelente banda sonora de Thomas Newman estabelece um excelente paralelo com o visual ao longo desta narrativa, acompanhando todo o dramatismo existente de forma congruente, colocando a trilha composta com a colaboração de Bono (Winter), como a cereja em cima de um bolo. Toda a soma dos actos de Sam após o seu regresso acaba num grande ecran preto musicado, deixando o espectador reflectir sobre a obra cinematográfica.

7.6/10

Crítico: Tiago Santos (Centro de Estudos Cinematográficos)


Alarm


Bem-vindo ao nosso espaço dedicado a curtas-metragens. Todas as segundas terás algo novo.
Para começar e, visto o regresso de muitos às aulas, nada melhor que uma curta que tem o nome de "Alarme". Uma curta animada com um ligeiro sentido de humor. Se tiveres dificuldade em casa, podes sempre tentar algo semelhante.
Boa sorte para mais um ano que se avizinha a todos os que estão no Ensino Superior e bem-vindo aos que agora entraram e começam uma nova etapa.

 
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